DIDÁTICA E DOCÊNCIA : ensino, avaliação e profissionalidade
EMENTA DA LINHA
Teorias pedagógicas e ensino. Sala de aula e estilos de ensino. Relação professor-aluno-conhecimento. Estratégias de ensino. Avaliação externa à escola. Avaliação interna à escola. Profissionalidade docente. Formação, autoformação e heteroformação docente.
A Linha de Pesquisa Didática e Docência
A Linha de Pesquisa Didática e Docência no Mestrado Profissional Educação e Docência da FaE-UFMG tem como objetivo investigar saberes, concepções e práticas docentes acerca do fazer na sala de aula. A linha estrutura-se em dois eixos:
1 - Prática pedagógica e profissionalidade docente
Este eixo visa acolher pesquisas que articulem a prática pedagógica e a profissionalidade docente indagando suas interfaces. Especificamente, estudos e pesquisas que investigam a ação docente na sala de aula na interlocução com os processos formativos, tendo como foco o ensino.
Deste modo, se propõe a interrogar saberes que os professores (re)constroem a partir da reflexão sobre seus percursos de desenvolvimento profissional. Esta vertente, portanto, verifica aspectos inerentes à ação pedagógica, considerando como o professor vivencia processos de socialização profissional e de construção de sua identidade, ao longo de sua trajetória.
Às práticas de ensino subjazem diferentes concepções pedagógicas que por sua vez se vinculam à construção de saberes sobre a docência. Esses saberes vinculam-se às experiências e trajetórias vivenciadas pelos sujeitos no âmbito pessoal, social, acadêmico e profissional. Em seus estudos, Garcia (2009) adota o termo desenvolvimento profissional para se referir à concepção de docente como profissional do ensino, defendendo a ideia de um processo contínuo que possibilita aos professores adquirir e aperfeiçoar o exercício da docência. O processo de construção da identidade docente é contínuo e ocorre diante dos diferentes contextos em que o sujeito participa.
Nesta perspectiva, “a identidade não é um dado adquirido, porque em última análise tudo se decide no processo de reflexão que o professor leva a cabo sobre a sua própria ação”. (NÓVOA, 1995, p.16). A identidade se baseia em alguns princípios como adesão, ação e autoconsciência, e em valores que norteiam a prática pedagógica, a tomada de decisão e a reflexão. Neste contexto, o autor reforça a autonomia e desmistifica o mito da neutralidade na ação pedagógica, pois a “maneira como cada um de nós ensina está diretamente dependente daquilo que somos como pessoa quando exercermos o ensino” (NÓVOA, 1995, p.16).
A questão da profissionalidade docente engloba a temática dos saberes sobre o ensino. A partir do entendimento de que “a profissionalidade significa tudo o que é específico na ação docente, isto é, o conjunto de comportamentos, conhecimentos, destrezas, atitudes e valores que constituem a especificidade de ser professor” (SACRISTÁN, 1995, p. 65), verifica-se que ela se constitui em um processo contínuo e complexo, englobando os diferentes percursos formativos vivenciados pelos sujeitos.
2) Estilos de Ensino
Trata-se de um eixo de pesquisa cujo propósito é identificar, analisar e sistematizar traços comuns, convergências e/ou singularidades entre os elementos pedagógicos no interior das salas de aula. Ou seja, regularidades ou particularidades nas diferentes experiências docentes situadas num dado contexto a partir da interação professor-aluno-conhecimento. Os estilos de ensino referem-se aos fazer do professor em sala de aula e suas percepções sobre ele, aos modos de organização do conhecimento que impregnam o ensino, na gestão da matéria e na gestão da classe (GAUTHIER et al., 2013).
A gestão da matéria (ou dos conteúdos) diz respeito aos enunciados relativos ao planejamento, ao ensino e à avaliação de uma aula, ou de parte dela, aos modos de organização das ações e das atividades, às estratégias de ensino, de avaliação, o conjunto de operações realizadas pelos professores junto aos alunos visando o ensino.
A gestão da classe ou os condicionantes da interação, por sua vez, dizem respeito às rotinas organizacionais, ações coordenadas pelo docente com o intuito de criar condições para que ocorram os processos de ensino e de aprendizado (GAUTHIER ET AL, 2013).
Assim, embora se tenha clareza de que fatores como nível socioeconômico, raça, gênero do estudante, escolaridade dos pais e investimento familiar interferem no contexto intraescolar e nos desempenhos, o enfoque são dimensões da docência, em aula, a “didatização” dos conhecimentos durante a gestão do ensino e da classe.
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